ExPETiências

Uma das atividades do Sudeste PET de 2010, o Encontro por Áreas, contou com representantes de alguns PET’s da região. No segundo dia do evento, 2 de abril, uma reunião bem descontraída com os petianos da área de humanas expôs as experiências de cada grupo, deixando claro as diferenças e semelhanças entre os Programas de cada Universidade presente.

Para os desinformados ou novatos, a mediadora do Encontro, Iasmine Pereira, resumiu o que deveria ser feito: “É simples, cada um fala um pouco sobre o que faz no seu PET”. E assim, começou expondo as atividades que realizava no seu PET, de Comunicação Social da UFRJ. Disciplinas, Laboratórios, Oficinas e eventos diversos, como a Semana de Jornalismo, de Radialismo e de Comunicação Ambiental, são feitos na parte de ensino e extensão. Para a pesquisa, último pilar do Programa de Educação Tutorial existe a coletiva, sobre Mídias Comunitárias Étnicas e as individuais, focando a Produção Cultural, Acessibilidade ou Webrádio.

Existência e Liberdade vêm como tema atual do PET Filosofia da UFSJ, como colocou seu representante. Em São João Del Rei, eles analisam a cultura popular local, que está diretamente ligada ao ambiente. O trabalho com a comunidade é bem forte, desde oficinas de desenho até pesquisas, que trazem relatos e complementam a memória da cidade. Roda Vida, Semana PET, revista Empório e Jornal Epitemeu são algumas de suas atividades, sendo que o último foi distribuído para os presentes.

O PET de Letras da UNESP propõe um curso de editoração de revista, em falta no currículo de seus graduandos. Produzem revistas para a rede pública, professores, com projetos de diversas áreas, anteriormente guardados. Além disso, disponibilizam o MAC, Mostra de Artes do Campus, para as pessoas exporem seus talentos, um encontro com toda a comunidade.

Outro representante, graduando em Ciências Políticas da UNB, afirma que seus colegas petianos fazem pesquisa e artigos em cima do Fórum Social Mundial, com intuito final de produzir um livro, se possível. O Cinema Político vem com temáticas da modernidade, é um exemplo de projetos com diálogos sobre a mídia. A extensão se funde ao ensino, propondo uma discussão com os participantes: o “E eu com isso?”. A proposta desse PET fica com as dinâmicas no mundo moderno, focando no sentido da filosofia política.

O Serviço Social da UFES tem um PET muito envolvido com a política. Por focarem na qualidade da formação profissional, sofrem muita represália. Através de oficinas para discutir essa questão, com projetos ético-políticos, eles definiram diretrizes, que não foram aprovadas pelo MEC. Sua pesquisa também gira em torno do perfil dos estudantes da área, que muda conforme os anos.

A UERJ também apresenta o seu grupo de Serviço Social, que até o ano de 2009, não apresentava uma pesquisa coletiva, apenas as individuais. Hoje, eles pesquisam sobre o seu próprio PET, que tem apenas 4 anos. Os grupos de estudo funcionam com o tema do trabalho e política social. Seminários e palestras são organizados, como a “UERJ sem muros”, em que ocorre uma socialização com todos da universidade, incluindo apresentação de trabalhos de iniciação científica. A Rota Cultural mostra o que está acontecendo de interessante no Rio de Janeiro, com seminários e mostras. Além disso, os petianos buscam realizar minicursos com estudantes da pós-graduação para ministrar. O CinePET aparece para unir petiano, assim como toda faculdade, promovendo certa integração.

A Universidade Federal de Viçosa conta com o PET de Administração e seus projetos com crianças carentes, como parte de extensão do Programa. Intercambistas estão sempre circulando pelo campus e podem usufruir de seminários, palestras e eventos organizados pelo PET. As pesquisas individuais são apresentadas e avaliadas constantemente entre seus membros.

Um olhar geográfico é trabalhado com os calouros de Geografia da UFF, através de um trabalho de campo, proporcionado pelos petianos. Atividades com funcionários terceirizados são pontos de extensão, além de um jornal trimestral e anuário. Mais CinePET aparece como elemento de integração, mas além de unir alunos da Universidade, também abrange escolas, por fora.

“Pensar o Futuro” é o nome da pesquisa do grupo de Economia da mesma Universidade, a UFF. Na hora do almoço, debates são feitos em meio à faculdade, com divulgação aberta a outras áreas também. Esse PET também apresenta um grupo de leitura, em que analisam a coleção de Gustavo França, relacionando-a à literatura de Machado de Assis e Shakespeare, entre outros.

Já o PET da mesma área da UFES, com um animado grupo presente, enfatiza eventos como o Teatro do Oprimido, além de palestras e seminários de diversas temáticas, como a História do Jazz e a Literatura Russa. O pilar de extensão tem mais êxito que o ensino: as monitorias, por exemplo, só vêm para salvar no último momento de desespero dos alunos. Minicursos de Economia com os calouros também são realizados, além de trabalhos com a comunidade carente. Seus integrantes fazem avaliações mensais, mas sem cobrança, eles acreditam no bom senso de cada um. Com uma idéia um tanto diferente de outros Programas de Educação Tutorial da região Sudeste, o grupo de Economia da UFES afirma: “O PET não é 20h semanais, é 24h por dia, tem que respirar PET!”